sexta-feira, 12 de setembro de 2008

Paris, sexo e tragédia - o amor revisitado


O que esperar de um filme francês moderno, que retrata jovens parisienses e suas relações amorosas e sexuais, novo trabalho do diretor Christophe Honoré, que conta com Louis Garrel no elenco e é um...musical?

Muitas pessoas não gostam de musicais, reclamando da total falta de naturalidade e qualidade com que os atores interpretam as músicas. Mas esse não é o caso de Canções de Amor, título sugestivo para um filme que discute relações homossexuais, bissexuais, relacionamentos abertos, a perda de alguém que se ama e todo o processo de recuperação.

Um filme sobre o amor que é dividido em três partes: a partida, a ausência e o regresso. O jornalista Ismael (Louis Garrel) é namorado de Julie (Ludivine Sagnier) e os dois começam a se relacionar com Alice (Clothilde Hesme), colega de trabalho de Ismael, formando um difícil triângulo amoroso, onde a única personagem a parecer bem resolvida e não tão apaixonada é Alice. Ismael e Julie brigam constantemente e têm ataques de ciúmes. Quando os três vão para a cama, percebe-se que o móvel é pequeno demais para todos eles e o quanto se provocam entre si. Mas a morte repentina de Julie acaba com o relacionamento dos três. Ismael e Alice já não continuam juntos e cada um parte para a busca de um novo companheiro. A perda de sua namorada é responsável pelos três “capítulos” do filme, que representam a fase em que Ismael se encontra no sentido de superar a morte de Julie.

Ao sair da sala de cinema, não se tem a impressão de ter assistido a “um musical”, mas sim a um drama com uma pitada a mais de sentimento, romance e sexo. As músicas são extensões dos diálogos nas cenas e é por isso que soam muito naturais. As letras das canções têm tudo a ver com o que os personagens estavam dizendo em cena e a interpretação musical e vocal não é alterada, forçada. Não se tem a quebra da cena convencional para um número que parece ter saído da Broadway.

O espectador acaba mergulhando na música com o personagem, já que, toda vez que alguém canta no filme, é como um suspiro, uma demonstração do sentimento que o personagem experimenta naquele momento. A canção, aqui, é extremamente pessoal e uma forma direta de expressão.
De forma geral, o filme traz desde ménage-a-trois a sexo gay. As cenas, no entanto, são profundamente delicadas e romantizadas. Mesmo assim, ainda choca boa parte da platéia.
O engraçado é que Chansons D´amour faz cair por terra todo o convencionalismo, todos os padrões de amor e relacionamento como os conhecemos e, de qualquer forma, acabamos torcendo por algum personagem, da mesma forma como espectadores de novelas torcem para que o mocinho e a mocinha fiquem juntos no final e sejam felizes para sempre. Mas Honoré destrói o estereótipo do casal perfeito, destrói o mocinho e a mocinha, coloca na mesma cama o mocinho e duas mocinhas, imperfeitos, humanizados e, como se não bastasse, para terminar junta dois mocinhos no final feliz!

Mas ao mesmo tempo constrói o amor de novo, dessa vez admitindo homossexualismos, só que ainda em casal. Isso porque a relação a três já tinha enfraquecido o romance entre Julie e Ismael, Alice se sente sozinha em um show onde o casal não se desgruda e procura outro companheiro e, principalmente, com a tentativa de Ismael de superar a morte de Julie, onde ele tenta esquecer suas mágoas se relacionando com pessoas diferentes e certa promiscuidade, demonstrando que, na verdade, não consegue ficar sozinho. Ismael só se recupera ao encontrar um jovem rapaz, que tenta persistentemente conquistá-lo.

É um retrato do amor moderno, sem falsos moralismos ou julgamentos. Trata-se de uma discussão sobre o que é amor, as formas em que ele se dá, como é demonstrado, como é feito. Questiona o por quê de a sociedade ainda se chocar e não aceitar a diversidade sexual, o por quê de mantermos os mesmos ideais e padrões para os relacionamentos. E defende a idéia de que o amor move o mundo. Tudo gira em torno desse sentimento, o mais belo e necessário de todos, como já diziam os Beatles em All you need is Love.

terça-feira, 26 de agosto de 2008

Especial POWER TRIO

Alô, alô, caros leitores!

Depois de um período um pouco conturbado e certa demora, o blog volta a todo vapor!
Demorei pra começar as dicas culturais...mas agora vai!

Resolvi fazer um especial sobre power trios. Para quem não conhece, power trios são bandas compostas por três integrantes, geralmente contando com a tríade clássica de rock: baixo, guitarra e bateria. Mas nem sempre...


Tem power trio brazuca, tem power trio gringo, tem só de meninos, tem misturado...e o legal é que são bandas de estilos diferentes.

Aqui nesse blog eu só vou postar dicas de coisas que realmente acho legais, não importa se são novas ou velhas, se a crítica rechaçou ou colocou num pedestal. Só dicas culturais relevantes, que tenham algum diferencial e que eu ache que valham a pena, sim. Por hora, acredito que é perda de tempo e espaço escrever sobre uma banda só "pra meter pau", além de certa prepotência. Não quero ser um Álvaro Pereira Jr. ou um Lúcio Ribeiro. Só quero o emprego deles (hahahahah). Espero que vocês gostem das dicas também!


SOULSTRIPPER
Trio de meninos de Piracicaba, interior de São Paulo. Toca um rock despretensioso e muito, mas muito divertido. Com 2 guitarras e uma bateria (pois é, o baixo foi aposentado), o som remete a vários estilos de rock de ontem e hoje, puxando mais para o rockabilly e o rock clássico. Dá pra perceber influências de Chuck Berry a AC/DC. Aliás, foi de uma música do australiano AC/DC, do lendário guitarrista Angus Young, que eles tiraram o nome da banda. Para quem quiser ouvir a Soulstripper original, que é bem boa, vai o link:
http://www.youtube.com/watch?v=TN-6ckdE_yE&feature=related

Além das músicas animadas e dos solinhos e riffs deliciosos, o que eu acho mais legal na Soulstripper são as letras das "músicas de amor" (eles usam como slogan da banda a frase "Rock´n´roll de menino pra menina"...mas é o romance moderno, hein! hahahaha). São descaradas, divertidas, atrevidas...super hiper ultra cara de pau, na verdade. E por isso que é bacana. O que dizer de versos do tipo: "não te traí tanto assim, é exagero terminar" e de nomes de músicas como "Eu não trocaria um sorvete de flocos por você"? A matéria prima das letras deles são as meninas e todos os problemas que vem com elas, aparentemente, e gostam de pagar de cafajestes - engraçado, mesmo com tudo isso tem mil fãs groupies atrás deles.
O Soulstripper é formado por Bruninho, menino descolado com camisetas de banda e all star na guitarra e vocal; Luka, que parece ter vindo direto de uma máquina do tempo lá dos idos dos anos 70/80, pelo cabelo grandão e os modelitos, na guitarra solo (toca demais, do nada ele solta uns solinhos humilhantes virtuose no palco) e Chico, o mais tímido da banda, com seu super black power na batera.
No perfil deles do Tramavirtual, dá para baixar TODAS as músicas, de grátis, o que eu também acho muito legal. Recentemente eles vêm soltando umas músicas novas lá e fazendo propagandas hilárias delas no fotolog. Vale a pena ouvir - e reparar nas letras!

Acesse:
http://www.myspace.com/soulstripperock

Para baixar e ouvir:
http://tramavirtual.uol.com.br/galeriaArtistaDetalhe.jsp?idg=28076&id=858130



TUFAS NAPOLEON
É, o nome é bem estranho e até hoje eu não sei da onde esses meninos de São Paulo tiraram isso. Só sei que eles parecem ser fãs do ótimo filme "Napoleon Dynamite" (talvez eu escreva sobre ele depois, mas vale muito a pena assistir!), já apareceram em fotos com a camiseta "VOTE FOR PEDRO" e tudo.

A primeira vez que ouvi o Tufas foi assistindo a um show deles, e lembro que me impressionei muito. Primeiro porque os meninos eram (e ainda são) muito novos, fazendo um som de altíssima qualidade, tocando covers de peso como Sonics (banda de rock de garagem maravilhosa e psicodélica, dos anos 60) e The Who (mais conhecida, ícone mod, também dos 60). Segundo porque as músicas próprias deles não são, de modo algum, inferiores aos covers muitíssimo bem executados. Eles só cantam em inglês e o batera vive em Boston, EUA, além de tocarem rock e folk a la Beatles e Bob Dylan - isso tira muito a identidade brasileira da banda, também porque as letras são corretas e inteligentes, cantadas em um inglês impecável. Parece que eles são gringos. Não que isso seja um defeito, é apenas mais uma peculiaridade; e mesmo assim impressionam. Eu pessoalmente gosto muito de uma música que só tem no youtube chamada "I was" (a gravação é legal, o áudio está muito bom e o começo da música é uma cena engraçada) e de "She said" (não, não é um cover de Beatles, o nome acabou igual, mesmo), disponível no myspace do Tufas, que é viciante. O riff é genial, o baixo é forte e hipnotizante. Minha preferida.
Pedro Vainer toca guitarra e canta, o baixo fica a cargo do Gers e a bateria, que muitas vezes mistura um inusitado bom e velho jazz, é tocada por Mario. "Nos juntamos para tentar fazer a nossa parte no combate ao Rock´n´Roll reciclado e mal tocado de hoje...e conseguimos (ou, pelo menos, tentamos) fazer tudo isso sem letras políticas". O Tufas acabou de entrar em estúdio durante as férias de julho, com a visita de Mario às terras tupiniquins.
Músicas novas já foram lançadas no myspace dos caras, e soam diferentes dos trabalhos anteriores. Muito mais tranquilas, com uma pegada mais folk, mais violão. E bastante americanizadas (tanto na sonoridade quanto no tema das letras).

Para ouvir:
http://profile.myspace.com/index.cfm?fuseaction=user.viewprofile&friendID=165886765

Para ver as fotos das últimas gravações:
http://www.fotolog.com/tufas_napoleon



FOXBORO HOT TUBS
É a banda paralela dos caras do Green Day, de rock de garagem, bem cru, com uma levada retrô. Fantástico!

Para quem já é fã de Billie Joe e Cia, calma! A banda não acabou por causa do projeto paralelo, não vai acabar (pelo menos não agora) e o CD novo do Green Day chega no começo de 2009, pelo visto. Não precisam se preocupar, suas groupies!
Agora, para os fãs da fase mais punk da banda (que já reclamam que não gostam dos últimos CDs) ou praqueles que acham Green Day uma merda, coisa de emo e blablabla, GENTE, dêem uma chance. Sério!

O som do Foxboro Hot Tubs é bastante diferente do som do Green Day, mesmo que dê para pensar "Ei, eu já ouvi isso em algum lugar!" - mais por causa da voz já conhecida do Billie Joe, mesmo. Sem contar que os três (Billie Joe Armstrong na guitarra e vocal, Mike Dirnt no baixo e Tré Cool na bateria) são, sim senhor, excelentes músicos.
Mas essa banda nova tem um rock bem mais elaborado, apesar de não apelar para firulas (até porque elas devem ser contra a religião dos caras). É rock cru, música enérgica, que dá vontade de dançar, bater palminha e cantar junto, como tem que ser.

Essa semana estava eu flanando pela FNAC, fuçando todos os CDs da loja, como de costume, quando me deparei com o álbum deles. Nossa, juro que me surpreendi! Já faz um tempo que o álbum está à venda na internet, e com certeza dá para baixar de graça também em algum lugar, mas não esperava achar esse CD no Brasil ainda. Que dirá lá na FNAC e não na galeria do rock da vida, né...ainda mais sem nenhum tipo de promoção, de destaque, NADA. Sem fazer sucesso no
Brasil, sem tocar em rádio, sem aparecer na mídia - publicaram pouquíssima coisa sobre eles aqui. E eu só encontrei textos sobre a banda na internet. Que beleza ter uma gravadora e grana pra fazer o que quiser, não?
O CD na FNAC surpreendeu pelo simples fato de estar ali, mas é caro de doer. 35 reais por um envelopinho fino e mole de papelão, com a capa igualzinha à do site e 12 faixas...neeeem! A capa do disco, aliás, vale um comentário. Achei linda! É bem simples, mas bastante chamativa, num estilo bem retrô (é essa da foto do post). No myspace da banda, dá para ouvir poucas músicas, mas já vale (pelo menos para conhecer o som). Se você preferir, corre pra ouvir o disco inteiro nas maquininhas da loja também.

http://www.myspace.com/foxborohottubs



ROCK ROCKET
A banda defensora do rock´n´roll alcoólatra e inconsequente continua ainda mais cara de pau. Formada por Alan na bateria, Noel nos vocais e guitarra e Pesky no baixo, acaba de lançar o segundo CD. Lindo, lindo! Drogas lícitas e ilícitas, pés na bunda, o Jimmy do Matanza cantando um country rock malvado na música "Eu queria me casar" (faixa 7 da sequencia) e tudo.

O CD ficou redondinho, daqueles que não enjoam, que dá pra deixar rolando inteiro e ainda repetir. Com a experiência de inúmeros shows e as viagens e reconhecimento pelo Brasil todo desde o lançamento do primeiro CD, em 2005, os caras estão tocando melhor, escrevendo músicas e letras mais criativas, sem nunca deixar de lado as palavras escrachadas, a bebedeira e o rock cru que marcam forte a banda. As guitarras no CD novo não estão mais tão "Ramones" assim, ainda trazem bastante do punk rock mas já acumulam riffs mais elaborados, solos mais difíceis, peso e cadência, além de instrumentos diferentes que incrementam as gravações, como piano (num estilo rock dos anos 50) e até violino (bem country, na música com o barba ruiva Jimmy).

O clipe novo do Rock Rocket é da música "Doidão", desse segundo CD. Foi gravado no bar Berlin, que fica na Barra Funda, São Paulo. Apesar do ar trash de filme B de terror, é um clipe produzido, com vários efeitos especiais, bem feitinho (e sangrento!).

Dá pra ouvir o Cd inteirinho e ver o clipe novo no myspace deles:
http://profile.myspace.com/index.cfm?fuseaction=user.viewprofile&friendID=105717354

No site da banda no Tramavirtual, dá para baixar o primeiro CD inteiro, de graça; e a música "Doidão", do disco novo:
http://tramavirtual.uol.com.br/artista.jsp?id=5825


O especial Power Trio não termina aqui! Tem mais bandas legais no próximo post. E, se você tiver uma banda ou quiser indicar alguma coisa legal (mesmo sem ser power trio), não se acanhe! Adoraria receber sugestões!
Beijos pra vocês, xuxus!

Bárbara

quinta-feira, 7 de agosto de 2008

É tudo de bom, amiguinha!

Pois é, caros leitores.
Eu tenho um lado muito “amélia” e não me envergonho disso. Gosto bastante de gastronomia e culinária, sou fã da Palmirinha Onofre e, quando tenho tempo, acho a maior diversão inventar moda na cozinha.

Minha avó sempre reclama de ter que fazer comida todo santo dia e eu entendo! Ter que cozinhar sempre assim vira uma obrigação. E aí fica meio chato...também tem gente que se apropria da clássica frase “não sei nem fritar um ovo”.
Para estes céticos que provavelmente acham uma chatice os programas com receitas na TV, bem...vocês nunca vão aprender nada mesmo, se não se arriscarem a tentar. E sabe o que mais? É muito melhor tentar cozinhar qualquer coisa, dar errado, ficar horrível e, mesmo assim, ir aprendendo a fazer comida aos poucos do que nunca tentar e viver de miojo! Sem contar que é muito engraçado quando a comida fica ruim e você vê as pessoas comendo e fingindo que tá ótimo, pra não te fazer desfeita...quem não lembra da sopa azul do aniversário da Bridget Jones? Hahahahaha...

Uma receita que eu adoro fazer e que ficou meio famosa são os cookies. O crédito dela vai para a Isadora, minha prima, e a Vera, mãe dela. Elas que me ensinaram!

Atendendo a muitos pedidos, resolvi postar na íntegra aqui no blog. Tentem fazer em casa, eu juro que é fácil! E, se der errado, você pode armar um campeonato de futebol de botão com os cookies na mesa da sala, olha que legal!


P.S. Dispenso as piadinhas infames com os cookies...entenderam, né, manés??


COOKIES

Ingredientes:

3 xícaras de chá de farinha

1 xícara de chá de açúcar

1 xícara de chá de açúcar mascavo

1 colher de sopa rasa de fermento

3 ovos inteiros

1 e 1/2 tablete de margarina culinária (acha fácil no supermercado! são aqueles tijolinhos de margarina que vem em pacotes, próprios para fazer bolo, biscoito, essas coisas...)

1 barra de chocolate meio amargo picado

Modo de fazer:

Primeiro, pegue uma tigela grande e coloque todos os pós (farinha, açúcar e fermento) e misture muito bem, até eles ficarem com uma cor de canela. Se o açúcar mascavo estiver empelotado, trate de esmagar bem todas as bolinhas! Tem que ficar sem carocinho nenhum, tudo bem misturado!

Agora coloque os ovos inteiros (mas sem casca, hein! hahaha) na tigela.
Dica pra quem não sabe muito de culinária: ao invés de quebrar o ovo direto na tigela com a farinha, pegue um pote menor e quebre os ovos nele, um a um. Se o ovo estiver bom, você joga na tigela. Se estiver estragado, você não vai perder toda a receita por isso!

Derreta um tablete e meio da margarina culinária (no microondas ela derrete em uns 30 segundos, bem fácil). Quando estiver bem líquida, jogue na tigela.


Agora é a hora de misturar BEM a massa. Ela é pesada e super grudenta. Sim, é legal pacas misturar com as mãos e fazer meleca, mas dá muuuito mais trabalho. É melhor pegar uma colher de pau e misturar com força, mas com jeitinho (senão você vai esparramar tudo na pia, mané).
Tem que misturar muito bem mesmo, até virar uma massa bem mole, brilhante e marrom, cor de caramelo.

Feito isso, pegue o chocolate (que já deve estar picado em pedacinhos pequenos, nada muito perfeito. Eu faço essa parte antes de tudo, vendo televisão. Irmãos mais novos, não sei por que, também são ótimos para fazer essa parte. Dê um pouco de trabalho pra eles, mas cuidado para que não comam metade da barra de chocolate escondidos).

Jogue tudo direto na massa e, mais uma vez, misture MUITO bem.

Hora de assar! Agora precisamos de um pouquinho de atenção.
Pegue uma assadeira grande, de qualquer formato. Não precisa untar a fôrma, porque a massa tem muita manteiga e não gruda.

Com duas colheres de chá (sim, as pequenas, mesmo) faça bolinhas de massa na assadeira, tomando o cuidado de deixá-las bem separadas. Isso porque, quando assa, o cookie se esparrama e, sem espaço, eles vão grudar e ficar bem feinhos (mas o gosto fica bom! Isso já aconteceu comigo, no começo...hehehe).

Coloque no forno em temperatura média ou alta e fique de olho, porque assa rápido.
Uns 10, 15 minutos são suficientes. Dá pra saber quando estão bons quando as bordinhas dos cookies ficam bem douradas.

Tire os biscoitos da fôrma com uma espátula e deixe eles secarem em um prato grande. A grade daquelas churrasqueirinhas elétricas também pode servir para deixar os cookies esfriando.

Prontinho! Viu como é fácil?

Depois vocês me contam se as experiências deram certo?

sexta-feira, 1 de agosto de 2008

GONZO, o filme


Hoje, vou ser muito descolada e mandar pra vocês uma dica super legal! Para quem é estudante de jornalismo, então, é imperdível. Vamos esperar essa estréia no Brasil...

Acontece que o Hunter Thompson, jornalista famoso por desenvolver um estilo de jornalismo conhecido como "gonzo", é tema de um filme recém lançado nos EUA. Chamado de "Gonzo: The life and work of Dr.Hunter S. Thompson", o documentário conta com ninguém menos que Johnny Depp como narrador.

Aliás, o genial Johnny Depp (meninas, suspirem...hahaha) já encarnou o jornalista doidão nas telonas e é fã assumido do Thompson. Volto a falar disso depois...

Thompson também ficou conhecido por seu uso constante de álcool, comprimidos e alucinógenos, inclusive enquanto escrevia suas reportagens. Mas o diretor do filme, Alex Gibney, tratou de focar o documentário no impacto político do trabalho do jornalista e autor e em sua influência sobre o jornalismo moderno.

Em 2005, Hunter se matou com um tiro em sua casa no Colorado, aos 67 anos. O crítico Roger Ebert, do Chicago Sun-Time, elogiou a homenagem feita pelo documentário/biografia e levantou a seguinte questão: "Como é que esse cara era amado por tanta gente e não se amava?"
Quando li essa crítica, em especial essa frase, fiquei pensando um tempão. A frase do Roger Ebert dá uma reflexão monstra, gente...ainda mais em quem já teve problemas com depressão e auto estima antes. Inspirem-se!


O que é Gonzo?

Um estilo narrativo de jornalismo, assim como o chamado "new journalism" (que, aliás, foi influenciado e influenciou o estilo gonzo também): mais literal, relatado na primeira pessoa e empregando técnicas de ficção, tornando o texto menos seco e direto e que, talvez, perca parte da objetividade e credibilidade na apuração e no relato da reportagem, já que o estilo é marcado pela total parcialidade, ao contrário do que mandam todos os manuais de redação, faculdades e tratados de ética de jornalismo. Mas aí vale a pena questionar: existe mesmo jornalismo imparcial? E o que define essa imparcialidade?

No estilo Gonzo, o jornalista abandona sua posição de narrador e espectador, deixa de somente observar e relatar e passa a atuar diretamente na situação, participando do que acontece, se misturando profundamente à ação. O pai desse estilo jornalístico, como dito acima, é Hunter S. Thompson, autor do texto "Fear and Loathing in Las Vegas" (ou, em bom português, "Medo e Delírio em Las Vegas"). A revista Rolling Stone encomendou uma matéria sobre a Mint 400, uma corrida no deserto, perto de Las Vegas. Thopson recebeu uma quantia de
dinheiro para as despesas da viagem, mas, ao invés de seguir a pauta conforme combinado, ficou ali por Vegas mesmo e torrou tudo em drogas e álcool. Ele alastrou...dá até para considerar o cara como pai do Joselito, Jackass e rock stars caricatos em geral! Quebrou tudo no hotel, fez dívidas enormes, destruiu vários quartos e, para fechar com chave de ouro, fugiu sem pagar.

De volta à redação, entregou um texto que contava toda a sua experiência, descrevendo o ambiente da embriagante Las Vegas de seu ponto de vista alterado lícita e ilicitamente. E nem uma vírgula sobre a tal da corrida - de que importava, mesmo? Ainda assim, a revista publicou sua matéria, que marcou esse jeito novo de reportar e descrever, influenciando muita gente até hoje. Um exemplo disso são aquelas reportagens onde o jornalista se mistura a uma gangue skinhead, ou vive em uma favela com uma identidade falsa durante um mês, para depois relatar sua experiência em revistas ou livros.

O termo "gonzo" veio de um outro repórter, Bill Cardoso, que trabalhava para o Boston Sunday Globe. Ao se referir a um artigo de Thompson, usou a palavra como adjetivo, que seria uma gíria irlandesa do sul de Boston para designar o último homem de pé após uma maratona de bebedeira.

As matérias de Thompson viraram livros, que fizeram bastante sucesso; e depois, filmes.
"Where the Buffalo Roam", dirigido por Art Linson em 1980, com Bill Murray no papel de Thompson; e Fear and Loathing in Las Vegas", dirigido por Terry Gilliam em 1998, com Johnny Depp no papel de Thompson e Benicio del Toro como seu advogado.

segunda-feira, 28 de julho de 2008

Mas por que raios esse nome?

Oi, macacada!

Faz uns meses que venho tendo uma idéia fixa de escrever mais, escrever sobre coisas que gosto, sobre minhas opiniões pessoais, divagações, idéias malucas.

Faz mais tempo ainda que muitos amigos meus me perguntam por que eu não tinha um blog. Nunca tive! "Mas justo você, que é jornalistinha, Bá?"

Esses amigos também vivem me pedindo dicas de shows, de coisas legais pra assistir no cinema, no DVD, no teatro...de CDs e bandas pra ouvir, até de lugares para comer.Confesso que achei legal essa minha pequena fama de "guia cultural".

Foi aí que a vontade de escrever, para mim mesma e para eles, cresceu.O resultado disso você está lendo agora, meu primeiro blog, o "Libelo da Libélula".

Esse nome foi escolhido porque gosto da sonoridade das duas palavras juntas, da poética, da aliteração...e porque são, de certa forma, uma representação de mim mesma. Cada uma delas tem um significado:

Libélula = libellulus, o diminutivo de livro (liber), devido à semelhança de suas asas com um livro aberto, ou libella, que significa balança, pelo movimento de suas asas que oscilam levemente durante o vôo.Aparelhada com o maior olho proporcional do reino animal, a libélula usa seu sofisticado aparelho visual como um radar. Posicionando-se sempre contra a luz solar, é capaz de detectar movimentos imperceptíveis aos nossos olhos.O batimento das asas e a possibilidade de planar da "demoiselle" (senhorita, como a libélula é chamada pelos franceses), inspirou o brasileiro Alberto Santos-Dumont na criação de seu modelo mais bem sucedido.Aparece no outono e simboliza mobilidade,transitoriedade e auto-conhecimento. É a essência dos ventos de mudança, de transformação positiva.Irrequieta, voa incessantemente, planando, dando rasantes, subindo ou pousando como um helicóptero; e parece ter sempre muita pressa. Isso porque este inseto está sempre vivendo o ponto culminante de sua vida (depois de se transformar em libélula, passando por mais de 15 metamorfoses, sua vida dura muito pouco) e não tem tempo a perder.

Libelo = Exposiçao articulada daquilo que se pretende provar contra um réu. Artigo escrito de caráter satirico ou difamatorio, panfleto. Entre os antigos romanos: declaração, atestado, certificado, solicitação, suplica, etc. - por escrito. Os primeiros jornais de que se tem história tinham um caráter fortemente panfletário e eram chamados de libelos.